terça-feira, fevereiro 24, 2015

Revolta infundada e vaidade ferida .

Quanto tempo não venho até meu calabouço;

Nem é por falta de tempo, mas sim por falta de vergonha na cara.
Mas não adianta, sempre voltamos ao que gostamos. Não há necessidade de inspiração. Creio que todo pensamento jogado ao vento pode ser reaproveitado em um texto.
Venho por meio deste apresentar-lhes meu novo post, que se refere à revolta infundada e à vaidade ferida de certos tipos de pessoa.

Desde os primórdios do capitalismo, o que sempre moveu o mundo foi a grana. 
O ter antes do ser ultrapassa quaisquer barreiras e é algo que me deixa completamente fora de mim, ou melhor, PU-TA! PUTA DA VIDA MESMO!

Não vou entrar no mérito de que eu não consegui me encontrar, porque até hoje o problema de falta de foco na vida não foi resolvido. Também não vou ficar me lamentando porque trabalho em um lugar que nada tem que ver comigo.
O que acontece, na real, é que trabalho como recepcionista bilíngue e, muitas das vezes, acabo me auto-sabotando por não saber  deixar a sensibilidade de lado.

Todos vão me dizer, ah 'artista demais, sensível demais'. 
SIM! Artista! Artista do ser, do que sou, do que vejo, do que sinto. 
Não me sinto envergonhada como antes de não estar adaptada ao mundo corporativo.
O que me incomoda de fato é que essa substituição dos valores na nossa sociedade transforma as pessoas de uma forma que, mesmo aos 26 anos, ainda consigo me surpreender!

Gente que tem menos do que eu tenho, que quer passar por cima de qualquer um por conta de um privilégio assumido e que dá "piti" se algo sai de seu alcance. Revolta infundada e vaidade ferida. UI! QUE MEDO!
Gente que humilha, porque acha que é alguém mais importante porque tem um Iphone 6 e bens (nem sempre) declarados em seu imposto de renda.
Gente que pode ganhar milhões, mas que esquece de ser gente em primeiro lugar.

Eu quero distância desse tipo de pessoa. Não entendo por quê elas sempre aparecem em minha vida. Provavelmente, deve ser alguma provação de Jesus Cristo, porque sinceramente, tenho muita preguiça disso. Ou então, devo ter sido uma boa de uma escrota em outra vida!
*A paciência vai a zero!*
A falta de educação já está tão intrínseca nesse tipo de gente, que um simples "bom dia" é aquele típico caso de onde a voz fica embargada. É aquela dificuldade de ser gentil. Aquela dificuldade de pronunciar 2 palavrinhas mágicas que talvez mudem a vida de quem as está escutando por completo.

Sempre vai ter alguém achando que tá sendo legal perguntando da sua vida de cantorias e teatro e sempre vou acreditar que na verdade ou eu sou muito boa com esse lance de cantorias e teatro, ou que não sirvo mais pra nenhum tipo de trabalho burocrático mesmo, porque assim.. posso ser artista, mas não sou SOMENTE artista. Sou GENTE também, em primeiro lugar. Fiz bacharel em letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro e sou, (enfim), recepcionista bilíngue. Essa é a minha atual condição e função e eu não me envergonho disso! Passei por tanto tempo amargurada, que escrever sobre isso, hoje em dia, é como se fosse minha própria libertação! Alforria de angústia.

Sei que tudo isso não importa, porque nunca importará.
A vida tem que seguir.
E se eu me importar, aí sim, não vai valer de nada.
Mas ainda assim me importo.

A única coisa que posso afirmar é que as maiores porradas que levamos da vida são as que nos levam à glória. Ninguém sabe se é bom em algo se não antes houver a tentativa. Ninguém consegue sem luta e sem suas devidas quedas. Muito menos levamos nossas jóias, bens, carros importados e iphone's para o caixão. Tudo fica. Inclusive a imagem e a impressão que você causou no mundo.
Por isso, canalize sua energia para gente positiva. Porque o resto é apenas o resto.
A negatividade se encarrega...



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