sexta-feira, novembro 23, 2012

Eu quero muito terminar este desabafo .


Você foi embora mesmo. É, mesmo, mesmo. Desculpem-me pelas repetições, é que até agora eu não havia pensado no conjunto de gente que foi embora da minha vida. Mas que diferença faz?
Depende.
Nenhum de vocês voltou, nenhum de vocês sentiu a minha falta(aparentemente), nenhum de vocês... ah, que importa! O tempo passou e o que me restou foi a infelicidade de ver o tempo passar. O que foi sinônimo de alegria, hoje em dia me assombra. O que eu desejo é tão pequeno perto do que certas pessoas precisam.
Não é questão de loucura, mas de sensibilidade. E sim, estou tão triste com tanta coisa que eu nem sei como começar. Eu tô até agora, na verdade, tentando descobrir como colocar tanto sentimento, tanta tristeza, tanto chororô nessas linhas tão vazias.
Tenho medo de estar me tornando depressiva, se é que isso existe. Acho que depressão é um estado, né? Desculpem-me de novo pela ignorância, mas não entendo nada de Psicologia. Tanto não entendo, que tenho a vida mais enrolada ...
Ah, deixa pra lá, que seja apenas um dia a ser esquecido.

quarta-feira, agosto 01, 2012

Frisson .



Talvez seja tudo recalque. Nossa música realmente nunca mais tocou e isso faz mais de um ano. Nossos beijos, nosso envolvimento, nossa paixão... Tudo se foi, e você levou uma parte de mim: aquele brilho no olhar. Aquela mulher que corre atrás dos seus objetivos ainda existe. No entanto, o “take it easy, baby” levou-nos ao mais puro esquecimento, como uma penumbra que define um dia nublado.
Não posso dizer que não aproveitei durante todo esse tempo. Aproveitei sim. Se conhecer, acredito que seja a melhor parte de ser solteira. Saí com pouquíssimos caras. Talvez tenha me tornado mais exigente, sei lá. A verdade é que todos nós precisamos de um tempo.
Por todo esse tempo, tive medo da palavra tempo. Hoje vejo que ele é um grande aliado. Colocar a cabeça no lugar, para nós mulheres, é difícil. Mas hoje em dia vejo que tudo tem um porquê. Nossa despedida meio calorosa, nossos beijos e o seu olhar. Esse seu olhar aparece para mim até em sonhos. Sonhos, que às vezes, são até eróticos. Nossa estrada, estamos trilhando, e estamos alcançando nossos objetivos, quaisquer que sejam eles. E você permanece intacto, homem.
A fumaça do meu cigarro me lembra você, as risadas me lembram você.. E o mais importante: a música me leva a você.
É tão estranho, porque mesmo não vendo você, consigo te sentir...  Parece como um velho amigo. Aquele que desaparece por décadas, mas ressurge, mais forte do que nunca.
Se eu pudesse definir um sentimento que paira esse negócio de escrever, eu poderia dizer que é a nostalgia. Como sempre. Me fodo com essa tal nostalgia. Nostalgia de merda, eu diria.
Você está em outra, eu estou em “outros”. Mas a hora do reencontro é a que mais me maltrata. Não que eu esteja esperando ansiosamente para isso. Não. Sei me colocar em meu lugar. Mas sei também que todo aquele frisson e tremedeira de canto de boca não se foi.
Você está aí, eu estou aqui. Bem de longe... Não me dói mais. A redescoberta da vida foi muito importante e, por incrível que pareça, amadureci. Hoje vejo que sou capaz de me tornar tudo o que eu quiser ser, basta tentar.
Todo sentimento daquela tarde de adeus permanece: a certeza de te reencontrar, e talvez tudo se reescrever. Cansei dos textos melancólicos sobre procurar alguém. A verdade é que tudo está muito bem resolvido, mesmo que aqui, de bem longe, para mim esteja embaçado. Afinal, era tudo delicioso.
Meu caro amigo, não se perca de mim. Sou feliz, estou feliz. Diria que radiante. As portas estão se abrindo para mim. Não esqueça de bater à porta quando for a hora.

quarta-feira, maio 02, 2012

O rapaz das costeletas .


Ela já reparara no rapaz algumas vezes. No passado, eram praticamente raros seus encontros, mas ela sempre lembrava daquele rapaz com as costeletas. Ela sempre teve uma queda por costeletas, ela achava um charme.
A verdade é que, in fact, o cara tinha seu "quê" de sedutor e ela gostava daquilo.
Por uma consequência de acontecimentos, se encontraram, flertaram, ficaram, treparam. E o adeus, no momento inesperado, doeu muito.
Ela, muito magoada, sumira. Esbravejava em todos os cantos. Aquele ar angelical no fundo guardava um monstro que cismava em aparecer. Isso afastava os homens. Era isso que tinha estragado tudo!
No final, na fase da superação, que como diz Martha Medeiros "O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.", a menina encontrou o rapaz de novo.

Lindão!
Mas que doía, doía, viu?.. Não entendera o porquê do rompimento.
Se encontraram frente-a-frente. Isso era algo inevitável. O que doeu foi  ter começado a sentir tudo de novo: um turbilhão, uma sensação quase que incerta de se explicar. "Cara abusado, ele realmente acha que vou cair no papinho de novo?"
E caiu. Na verdade se enfiou de cabeça nisso de novo.
Mas o monstro ainda estava lá. Foda... "Não posso ficar com ele, tudo vai se repetir, vou me estrepar de novo" - Ela pensava.

Mas ele estava estranho. Ele precisava muito mais do que alguém, ele precisava de ajuda. Sem saber o que fazer, não cumpriu o que prometera e ela, mais uma vez, chorou pelo maluco das costeletas.
"Agora chega! Vou procurar alguém que goste realmente de mim!". De fato, o cara das costeletas apareceu novamente. E cumpriu o que prometera. Ficaram de novo.
Aquele beijo gostoso, onde os lábios dançavam entrelaçados. Quando estavam "juntos" eram como se fossem um só.

Ela? Essa garota é muito doida! É tão extrovertida que às vezes acaba atropelando os outros com tanta coisa pra falar.
Ele? Um maluco com costeletas, que despertava nela um intenso interesse.

Deviam se importar com o momento presente. "Curtam!", a verdade é que ela só descobriu agora o quanto se sente agradecida por você estar ainda optando por ela, ainda mesmo, já que ela é muito doida.
A doida gosta mesmo de você, ela me afirmou isso agora. O monstro foi embora.

Boa noite.

sábado, março 31, 2012

Monólogo existencial .

Se toca, queridão.
Você tem resquícios de doença mental: fala uma coisa e diz outra. Horrível, porque além de contraditório, você não consegue manter uma linha tênue entre ser sincero e lógico.
Se eu pudesse continuar, ainda diria que você é extremamente estranho e egoísta. Onde já se viu? Me trocar pelo seu futebolzinho? Pelo amor de Deus, né. Afinal, eu sou sua namorada.
Sou sua companheira para todas as horas. Até lavar sua roupa eu já lavei. Eu mereço um pouco mais de carinho, você não acha?
E todos aqueles momentos em que você precisou de mim e eu estava lá? Quando sua mãe morreu, quando você tinha que passar em concursos e eu ficava te esperando durante todo o tempo só para irmos dormir na mesma hora.
Sabe, isso não é justo. Para mim não dá mais... Eu já gostei muito de você, mas eu andei pensando e realmente preciso adquirir um amor-próprio que estando com você nunca existirá.
Desculpa, eu te amei, mas não te amo mais. Para mim acabou, chega. É o fim.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Disposição .

Quando encontramos alguém que nos chama a atenção lutamos com ardor para que ela repare em você. Repare que pode-se ter algo em comum, que realmente tem-se algo em comum.
A verdade é que deve existir uma junção de fatores: além da atração, do papo, dos interesses em comum, deve haver disposição. Disposição pra quê? Para se envolver.
Muitos, em sua maioria, viveram traumas passados e por diversos motivos não estão dispostos a conhecer alguém novo, a descobrir o novo, o que o outro gosta, o que lhe agrada, o que se passa pela sua cabeça.
É muito difícil. Sim, muito.
Já passei por essa situação diversas vezes. Vejo uma compatibilidade, vejo uma afinidade incrível com a outra pessoa, mas ela simplesmente não está disposta, ou pode realmente não estar a fim de começar nada, de todos os compromissos que envolvem estar com alguém.
E ai eu fico pensando até quando vale a pena ser eu mesma. Será que devo parecer tão interessante para uma pessoa que nem tenho noção de como pensa, de como lida com a vida? Será que vale a pena? O fato é que devemos saber lidar com a arte da rejeição.
Arte da rejeição é gostar de alguém e mesmo assim seguir por saber que tentou e não deu. É não ter medo de tentar.
E haja disposição!

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Nostalgia .

Acordei com uma puta nostalgia hoje.
Nostalgia da época da escola, de quando entrei na faculdade. Nem parece que faz tanto tempo assim, mas a vida passa rápido e às vezes percebemos o quanto sentimos falta de alguns momentos.
Sinto falta dos bilhetinhos da escola, das idas às casas de amigas escondida.
Sinto falta da dificuldade que era passar em matemática.
Sinto falta de flertar com os meninos mais bonitos do colégio, mesmo sabendo que era um tribufu.
Sinto falta da não preocupação com as coisas.
Sinto falta do curso técnico, da união que tínhamos.
Sinto falta da harmonia que existia quando entrei na faculdade.
Sinto falta de poder ter escolhido algo que tivesse mais a ver comigo, do que Letras.
Sinto falta de não colecionar tantos desafetos.
Sinto falta do namoro perfeito que tive.
Sinto falta do Orkut, haha. (NOT)

São tantos os momentos, tantas alegrias, tantas tristezas, tanta nostalgia.
É uma pena que isso tudo tenha se passado tão rápido.
E o que me restam são apenas lágrimas de resquício de uma memória ingrata.